quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dow pretende investir R$400 milhões na Bahia

Multinacional americana estuda ampliação em 50% da capacidade atual da fábrica em Camaçari


A Dow pretende investir o montante de R$400 milhões na Bahia, na ampliação da sua unidade de tolueno de diisocianato (TDI), matéria-prima utilizada na produção de espumas flexíveis de poliuretano para aplicações automotivas, mobiliares e colchões. A aplicação dos recursos na planta industrial, localizada em Camaçari, dependerá dos resultados do estudo de viabilidade do projeto, que será apresentado esta semana ao governador Jaques Wagner, pelo presidente da Dow para a América Latina, Pedro Suarez. Caso seja aprovada, a intervenção vai incrementar em quase 50% a capacidade atual da fábrica, saltando de 60 mil toneladas para aproximadamente 90 mil toneladas anuais. O início das obras está previsto para 2009, com prazo de conclusão dentro de dois anos.
O diretor de Relações Institucionais da Dow na Bahia, Marconi Oliveira, diz que o estudo de viabilidade está em estágio avançado, e a expectativa é de que seja aprovado até o fim do ano. “O projeto envolve uma nova tecnologia de processo que ajudará a atender à demanda crescente por produtos de poliuretano de uso final na América Latina, e transformará Camaçari em uma unidade produtiva líder e de padrão mundial. A depender dos resultados, a Dow poderá trazer outros investimentos para a Bahia”, declara o executivo.
Marconi Oliveira destaca que a Dow é a única produtora de TDI na América Latina, e atende 71% do mercado latino americano de espumas flexíveis. Os outros 29% correspondem às importações e comercialização por terceiros. “Com o aumento no consumo de produtos de poliuretano, estima-se que a demanda por TDI na América Latina cresça aproximadamente 1% a 2% acima do PIB (Produto Interno Bruto) até 2015”, projeta.
O diretor de Relações Institucionais disse ainda que boa parte dos 93 funcionários que serão demitidos de duas unidades baianas da companhia serão aproveitadas na Dow Poliuretanos, caso haja a expansão. Em razão da falta de competitividade dessas plantas, a multinacional americana encerrou as operações da planta de estireno, em Camaçari, em janeiro último. Já a Dow Aratu situada em Candeias, será fechada em 29 de março.
No total, a Dow conta com oito unidades de operação na Bahia: Dow Automotiva e TDI, ambas em Camaçari; Dow Mineradora (na Ilha de Matarandiba, em Vera Cruz), unidades de soda cáustica, óxido de propeno e solventes clorados, no Centro Industrial de Aratu (CIA), e a Dow Agroscience, no município de Luís Eduardo Magalhães. Conta ainda com um terminal marítimo, em Aratu. Com atuação em cerca de 160 países, a companhia registra vendas anuais de US$54 bilhões e reúne 46 mil funcionários no mundo todo.


Por: Adriana Patrocínio
Fonte: Correio da Bahia - Cadreno de Economia
19/02/2008


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